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A expansão dos alimentos orgânicos

O mercado de alimentos orgânicos vem apresentando grande crescimento, atribuído a um consumidor mais consciente e exigente na escolha e compra dos produtos alimentícios, motivado principalmente por preocupações com a saúde pessoal.

Há apenas poucos anos, os alimentos orgânicos só podiam ser encontrados em lojas de produtos naturais ou em mercados e feiras de pequenos agricultores. Hoje, já é possível encontrá-los em grandes redes de supermercados, sendo comercializados junto a outros produtos convencionais. Além de alimentos de amplo consumo, como arroz, feijão, frutas e hortaliças, a agricultura orgânica está produzindo um pouco de tudo: desde erva-mate, castanha de caju e guaraná, até chocolate, vinhos e carnes, frangos e ovos que não contém nenhum tipo de hormônio.

O termo alimento orgânico tem origem na Agricultura Orgânica que, na Legislação Brasileira de 2007, tem como objetivos a auto sustentação da propriedade agrícola no tempo e no espaço, a maximização dos benefícios sociais para o agricultor, a minimização da dependência de energias não renováveis na produção, a oferta de produtos saudáveis e de elevado valor nutricional, isentos de qualquer tipo de contaminantes que ponham em risco a saúde do consumidor, do agricultor e do meio ambiente, o respeito à integridade cultural dos agricultores e a preservação da saúde ambiental e humana.

A agricultura orgânica é um processo produtivo comprometido com a organicidade e sanidade da produção de alimentos vivos para garantir a saúde dos seres humanos, razão pela qual usa e desenvolve tecnologias apropriadas à realidade local de solo, topografia, clima, água, radiações e biodiversidade própria de cada contexto, mantendo a harmonia de todos esses elementos entre si e com os seres humanos.

Esse modo de produção assegura o fornecimento de alimentos orgânicos saudáveis, mais saborosos e de maior durabilidade; não utilizando agrotóxicos, preserva a qualidade da água usada na irrigação e não polui o solo, nem o lençol freático com substâncias químicas tóxicas; por utilizar sistema de manejo mínimo do solo, assegura a estrutura e fertilidade dos solos, evitando erosões e degradação, contribuindo para promover e restaurar a rica biodiversidade local. Por esse conjunto de fatores, a agricultura orgânica viabiliza a sustentabilidade da agricultura familiar e amplia a capacidade dos ecossistemas locais em prestar serviços ambientais a toda a comunidade do entorno, contribuindo para reduzir o aquecimento global.

As práticas da agricultura orgânica, assim como as demais sob a denominação de biológica, ecológica, biodinâmica, agroecológica e natural, comprometidas com a sustentabilidade local da espécie humana na terra, implicam em uso da adubação verde com uso de leguminosas fixadoras de nitrogênio atmosférico; adubação orgânica com uso de compostagem da matéria orgânica, que pela fermentação elimina microrganismos, como fungos e bactérias eventualmente existentes em estercos de origem animal, desde que provenientes da própria região; manejo mínimo e adequado do solo com plantio direto, curvas de níveis e outras para assegurar sua estrutura, fertilidade e porosidade; manejo da vegetação nativa, como cobertura morta, rotação de culturas e cultivos protegidos para controle da luminosidade, temperatura, umidade, pluviosidade e intempéries; e uso racional da água de irrigação seja por gotejamento ou demais técnicas econômicas de água contextualizadas na realidade local de topografia, clima, variação climática e hábitos culturais de sua população.

O alimento orgânico não é somente sem agrotóxicos. Além de ser isento de insumos artificiais, como os adubos químicos e os agrotóxicos, também deve ser isento de drogas veterinárias, hormônios e antibióticos e de organismos geneticamente modificados. Durante o processamento dos alimentos é proibido o uso das radiações ionizantes e aditivos químicos sintéticos, como corantes, aromatizantes, emulsificantes, entre outros.

Um alimento orgânico de qualidade deve ser competitivo, saboroso e mais saudável do que o convencional. Por ser produzido em solo mais equilibrado em nutrientes, tende a possuir melhor valor nutricional, sendo mais rico em minerais e fitoquímicos.

Os orgânicos geralmente são relacionados com alimentos in natura, frescos e não processados. Porém, a industrialização e o processamento de alimentos é uma necessidade para quem vive em um mundo com pouco tempo para se dedicar ao preparo dos alimentos.

Existem duas tecnologias proibidas na legislação dos orgânicos, a irradiação e o uso de aditivos químicos sintéticos. Além dessas tecnologias não liberadas nos orgânicos, outros procedimentos tecnológicos agressivos devem ser questionados. São procedimentos que também prejudicam a qualidade do alimento, interferindo em um dos objetivos centrais da agricultura orgânica: a produção de alimentos saudáveis e equilibrados em seu teor de nutrientes.

Resgatar métodos de processamento com baixo impacto sobre a qualidade do alimento orgânico é uma necessidade. A desidratação, o congelamento, a conservação pelo sal, pelo açúcar e pelo ácido, a fermentação, a liofilização, a parbolização e o uso de aditivos naturais são processos tecnológicos que podem ser desenvolvidos dentro da indústria de alimentos e que mantém a qualidade dos produtos orgânicos.

Já na alimentação integral orgânica parte-se do princípio de que, apesar da imensa diversidade das práticas agrícolas e alimentares dos povos tradicionais, todas deram bons resultados porque quase sempre conservavam a forma natural do alimento, além da biodiversidade.

Quando se aborda o tema de uma alimentação saudável sob a ótica da alimentação integral orgânica, o que se procura é estimular um pensamento sistêmico. As indicações sobre um grupo de alimentos específico não remetem à ação de um só nutriente ou de um alimento com funções superlativas, separado de toda a dieta.

Ao restringir ou estimular o consumo de um alimento deve-se pensar no equilíbrio da alimentação, na origem e na forma de produção dos alimentos e no equilíbrio quantitativo, variando sempre os diferentes grupos de alimentos.

A proposta da alimentação integral orgânica não tem um caráter restritivo. O que se ressalta é a necessidade de dar mais valor a um modo de se alimentar e de viver em sintonia com os complexos conceitos de qualidade de vida e de saúde socioambiental.168








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