A fortificação é considerada a mais prática abordagem e a que apresenta melhor relação custo-efetividade a médio e longo prazos para corrigir a manifestação de deficiência e assegurar que a ingestão de vitaminas e minerais atinja os níveis recomendados.
Considerados nutrientes essenciais, vitaminas e minerais, atuando em conjunto, desempenham importantes papéis no organismo. Contudo, embora pertençam ao grupo de micronutrientes, possuem diferenças básicas.
As vitaminas são substâncias orgânicas, de origem vegetal ou animal. Com exceção da vitamina D, que pode ser produzida através da exposição aos raios ultravioletas da luz solar, as demais vitaminas não podem ser sintetizadas pelo organismo, sendo obtidas principalmente através da alimentação.
Já os minerais são elementos inorgânicos, obtidos originalmente de rochas, do solo ou da água, que participam da dieta humana através de um vegetal que o tenha absorvido do meio ambiente ou de um animal que tenha ingerido tal vegetal. O organismo necessita de quantidades maiores de alguns minerais para permanecer saudável, como o cálcio, por exemplo. Outros minerais como cromo, cobre, iodo, ferro, selênio e zinco são considerados minerais-traço, sendo necessários em quantidades diárias muito pequenas.
As vitaminas possuem estruturas complexas que podem ser quebradas pelo calor, ar ou ácido. Os minerais são elementos mais simples que se agarram às suas estruturas químicas. Isso significa que os minerais podem ser facilmente ingeridos através das plantas, peixes, animais e líquidos. Transferir as vitaminas dos alimentos para o organismo já é mais difícil, pois os processos de cozimento, armazenamento e a simples exposição ao ar podem inativar esses compostos mais frágeis.
As vitaminas são compostos orgânicos, presentes nos alimentos, essenciais para o funcionamento normal do metabolismo. São essências na transformação de energia, mesmo que não sejam fontes, agindo em diferentes sistemas e auxiliando nas respostas imunológicas, protegendo o organismo.
São classificadas pela sua solubilidade e não pelas funções que exercem, sendo que cada uma é responsável por uma ou mais funções específicas, independentemente do grupo a que pertencem.
Atualmente, são reconhecidas 13 vitaminas, sendo as principais a A, B, C, D, E e K.
Os minerais são elementos inorgânicos combinados com algum outro grupo de elementos químicos, como por exemplo, óxido, carbonato, sulfato, fósforo etc. Porém, no organismo, os minerais não estão combinados dessa forma, mas de um modo mais complexo, ou seja, estão quelados, o que significa que são combinados com outros constituintes orgânicos, como as enzimas, os hormônios, as proteínas e, principalmente, os aminoácidos.
De um modo geral, a nutrição mineral ideal requer 16 minerais, dos quais sete são necessários em quantidades um pouco maiores, denominados de macrominerais, como cálcio, magnésio, sódio, potássio e fósforo, e nove em quantidades mínimas, denominados de microminerais, como ferro, cobre, iodo, manganês, zinco, molibdênio, cromo, selênio e flúor.
Os produtos considerados como principais veículos para fortificação com vitaminas e minerais são cereais, lácteos, bebidas à base de frutas e, em menor proporção, sal e óleos vegetais, os quais são selecionados por serem produzidos industrialmente e consumidos em quantidades expressivas.
As bebidas à base de sucos de frutas são excelente recurso em termos de produtos com valor nutricional, pois possibilitam de forma prática atender as recomendações de consumo de frutas e legumes e oferecer as propriedades funcionais com elementos bioativos, minerais e vitaminas.
A possibilidade de enriquecimento e/ou fortificação de sucos naturais com cálcio, vitaminas C e D complementa as necessidades diárias nutricionais, constituindo-se em forte aliado no crescimento e desenvolvimento cerebral de crianças, na manutenção e prevenção da saúde em adultos nas diversas faixas etárias, incluindo a terceira idade, e nas necessidades específicas da gestação e recuperação nutricional de doenças.