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INDÚSTRIA E FORTIFICAÇÃO DE ALIMENTOS: UMA HISTÓRIA DE SUCESSO

Os micronutrientes (vitaminas e minerais) são essenciais para a manutenção da saúde em todos os estágios da vida, incluindo gestação, infância, adolescência, fase adulta e terceira idade. O organismo precisa dos micronutrientes para se desenvolver adequadamente, realizar suas funções fisiológicas, preservar a saúde e prevenir doenças. As vitaminas e os minerais podem ser obtidos por meio de uma dieta equilibrada, consumo de suplementos vitamínicos ou de alimentos fortificados[1].

Entretanto, a deficiência crônica de micronutrientes (conhecida como fome oculta) afeta cerca de um terço da população mundial e está fortemente relacionada ao ferro, iodo e vitamina A. Desde o final da última década, outros componentes também passaram a ter destaque no âmbito da saúde pública, incluindo vitamina D, zinco e ácido fólico[1].

Até mesmo as deficiências marginais prejudicam o desenvolvimento máximo do potencial humano. De modo geral, o estado carencial entre as crianças resulta em retardo do crescimento, subdesenvolvimento físico e mental e aumento da mortalidade. Por outro lado, crianças bem nutridas são capazes de desfrutar de maior crescimento e aprendizado, tornando-se adultos mais produtivos e aptos a obter maior ganho financeiro[1,2].

Dentre os adultos, as maiores consequências da fome oculta são letargia, diminuição da capacidade física e reprodutiva, declínio da função cognitiva e debilidade imunológica[1].

Além disso, a carência de micronutrientes afeta populações de todas as idades, sexo e nível socioeconômico. Nos países mais ricos do mundo, as mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida tem resultado em má nutrição, associada ao aumento da prevalência de obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e cardiopatias.

Um artigo publicado no British Journal of Nutrition, em 2012, concluiu que populações da Alemanha, Holanda, Inglaterra e Estados Unidos possuíam ingestão de vitaminas chaves abaixo das recomendações nacionais, mesmo tendo acesso à uma importante variedade de alimentos e sólidas orientações nutricionais[3].

A pesquisa, que incluiu homens e mulheres de 19 a 50 anos, demonstrou que mais de 75% da população estudada não atingia as recomendações diárias de vitamina A, D, E, e ácido fólico. A conclusão ressalta que a fome oculta não é prevalente apenas entre as populações menos favorecidas, mas permeia também os países desenvolvidos.

Na América Latina, as evidências apontam deficiências importantes em quase todas as vitaminas estudadas, incluindo a D (fundamental para a saúde óssea e a força muscular), a vitamina A (critica para a visão, imunidade e o metabolismo do ferro) e indicam também uma prevalência de anemia por deficiência de ferro, a qual reduz a produtividade física e intelectual em proporções inaceitáveis.

Vale ressaltar ainda, a prevalência de inadequação da ingestão de outros nutrientes essenciais, além de vitaminas e minerais. Os ácidos graxos ômega-3 - em particular o ácido docosahexaenóico (DHA) - são cada vez mais escassos na dieta da mulher moderna, colocando em risco o desenvolvimento visual e cognitivo de recém-nascidos e prejudicando a capacidade intelectual de crianças e adultos. Um estudo conduzido no Reino Unido e publicado pelo PLoS ONE demonstrou que a suplementação com DHA melhora significativamente o rendimento escolar dos grupos de crianças com menor rendimento[4].

O papel da indústria na prevenção de carências nutricionais

Em uma época em que a obesidade e a desnutrição coexistem, a densidade nutricional dos alimentos adquire máxima importância. Ou seja, a oferta da quantidade adequada de nutrientes em pequenas porções de alimentos (com poucas calorias) é uma das principais contribuições que a indústria pode realizar com o objetivo de restringir a epidemia de obesidade sem colocar o consumidor sob o risco de não atingir as recomendações diárias de micronutrientes.

Segundo um artigo publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, uma porcentagem alta de crianças e adolescentes norte-americanos não seria capaz de atingir as recomendações diárias de vitaminas e minerais sem a adição desses nutrientes aos alimentos. Há vários anos, o mesmo autor demonstrou que a fortificação do leite e dos cereais contribuiu para a obtenção de quase metade das recomendações de vitamina A por crianças e adolescentes[5].

Ao longo dos anos, a indústria de alimentos desenvolveu tecnologias que permitiram a dosagem precisa de nutrientes e sistemas complexos de misturas e extrusão. Na atualidade, é possível fortificar sistemas alimentares complexos, como arroz, leite e outras bebidas UHT, e cereais dos mais variados tamanhos e formatos:

[a] Fortificação convencional:

- alimentos básicos;

- farinha, açúcar, leite, óleo, arroz;

- lácteos - leite, iogurte;

- spreads - margarina;

- condimentos - sal.

[b] Fortificação caseira:

- tabletes solúveis ou trituráveis;

- em pós;

- para passar/ espalhar (spreads);

[c] Biofortificação

- produtos da agricultura - arroz, maisena, batata doce.

Assim, a fortificação (ou enriquecimento) de alimentos é o método utilizado desde a metade do século XX para reforçar o valor nutritivo dos produtos, favorecendo a manutenção da saúde e a prevenção de carências nutricionais [6]. Apesar disso, a fortificação é constantemente considerada apenas uma ferramenta de marketing e o seu importante papel para a saúde pública é, muitas vezes, neglicenciado. Mas, os fatos mostram outra realidade. A indústria tem uma longa história associada à intervenções nutricionais por meio da fortificação de alimentos, cujos impactos superaram deficiências e contribuíram para a saúde das populações de maneira significativa.

As primeiras iniciativas remontam à década de 1940, quando foi realizada a primeira produção industrial de vitamina A, possibilitando intervenções que salvaram a visão e a vida de milhões de crianças. Dali em diante, todas as vitaminas e minerais passaram a ser produzidos em larga escala, tornando-se financeiramente acessíveis para serem adicionados aos alimentos.

Um dos primeiros nutrientes utilizados para enriquecimento dos alimentos foi o iodo, visando evitar as consequências associadas à sua deficiência, principalmente o cretinismo. Os países da Europa foram pioneiros no desenvolvimento do sal iodado, entretanto, anos depois, a mesma estratégia passou a ser adotada por países da América Latina[7].

A fortificação das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico é considerada um caso de sucesso na prevenção de defeitos no tubo neural durante a gestação e de anemia ferropriva em crianças. Na Nicarágua, o enriquecimento do açúcar com vitamina A foi responsável por melhorar o conteúdo de retinol no leite materno, reduzindo o risco de carência entre os lactentes[8].

De acordo com uma revisão de literatura publicada em 2012, a estratégia de fortificação dos alimentos demonstrou ser bastante eficiente, sobretudo no combate da anemia, tanto no Brasil quanto no exterior. Dentre as causas apontadas está o baixo custo envolvido na fortificação e a grande disponibilidade de alimentos que podem ser enriquecidos[9]. Atualmente, a fortificação de alimentos básicos está implementada em mais de 50 países.

Panorama do mercado Latinoamericano

Segundo dados fornecidos pelo grupo Mintel, existe a tendência clara de que o consumidor está comprando mais produtos enriquecidos com nutrientes [10]. Nos últimos 6 meses, foram lançados 670 produtos na América Latina, posicionados como fortificados. A Tabela 1 exibe os lançamentos do mesmo período, de acordo com as diversas categorias de produtos.

TABELA 1 - PDF EM ANEXO

A Figura 1 mostra os lançamentos de produtos fortificados, distribuídos por país.

FIGURA 1 - QUANTIDADE DE PRODUTOS FORTIFIADOS LANÇADOS EM DIFERENTES PAÍSES DA AMÉRICA LATINA NOS ÚLTIMOS 6 MESES. (PDF EM ANEXO)

É importante ressaltar que para a obtenção de resultados positivos com a fortificação, o nutriente utilizado deve possuir boa disponibilidade de absorção pelo organismo e características que não alterem a cor e o sabor do alimento enriquecido. Assim, é fundamental que haja um planejamento técnico adequado.

A DSM pode ajudá-lo a entrar no mercado mais rapidamente com soluções de nutrição atraentes que funcionam. A empresa é o único fabricante integrado de pré-misturas, vitaminas e nutracêuticos capaz de criar e fornecer formulações sob medida, em qualquer lugar. Ela dispõe também de vastos conhecimentos científicos e técnico, presença global e garantia de qualidade total.

Conheça alguns produtos fortificados lançados recentemente na América Latina:

IMAGENS PDF EM ANEXO

As vitaminas desempenham papel essencial para a saúde, bem estar e prevenção de doenças

ao longo da vida. Elas são a chave para solucionar os desafios nutricionais globais. A DSM (líder mundial em ciências da saúde e da nutrição) e o Sight and Life (uma força-tarefa de nutrição humanitária da DSM) estão liderando a iniciativa “Vitamins in Motion” para evidenciar o importante papel das vitaminas. A campanha defende o uso de soluções inovadoras para aumentar o acesso às vitaminas essenciais que todas as pessoas necessitam para ser bem nutridas e saudáveis.

Referências

[1] Food and Agriculture Organization of the United Nations. Food-based approaches for improving diets and raising levels of nutrition. Concept Note. Roma, Dec 2010.

[2] WHO/FAO Guidelines on food fortification with micronutrients. World Health Organization, Food and Agriculture Organization of the United Nations. Geneva: WHO Library; 2006.

[3] Troesch B et al. Dietary surveys indicate vitamin intakes below recommendations are common in representative Western countries. Br J Nutr. 2012.

[4] Richardson AJ et al. Docosahexaenoic Acid for Reading, Cognition and Behavior in Children Aged 7-9 Years: A Randomized, Controlled Trial (The DOLAB Study). PLoS ONE 7(9): e43909. 2012.

[5] Berner LA, Keast DR, Bailey RL, Dwyer JT. Fortified Foods Are Major Contributors to Nutrient Intakes in Diets of US Children and Adolescents. Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics. 2014, in press.

[6] Vellozo EP, Fisberg M. O impacto da fortificação de alimentos na prevenção da deficiência de ferro. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, São Paulo, v. 32, n. 2, p. 134-139, jun. 2010.

[7] Medeiros-NetoG. Iodine nutrition in Brazil: where do we stand? Arquivo Brasileiro Endocrinologia Metabolismo, São Paulo, v. 53, n. 4, p. 470-474, jun. 2009. [8] Nicaragua (leite) - Wallace C et al. 2004. XII IVACG meeting.

[9] Marques MF et al. HU Revista, Juiz de Fora, v. 38, n. 1, jan./mar. 2012. [10] Mintel Global Market Research.

* Maria Fernanda Elias é Nutricionista, Mestre em Saúde Pública e PHD(c) em Nutrição Humana Aplicada pela Universidade de São Paulo. Diretora da Food Notes: Nutrição e Saúde. Membro do International Health, Wellness & Society Knowledge Community. Finalista Regional do Hult Prize - President Bill Clinton’s Healthcare Challange.

DSM Nutritional Products

www.dsm.com




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