Introdução
Imediatamente após o Parlamento da União Europeia autorizar a venda do adoçante de estévia em novembro de 2011, todas as macro indústrias alimentícias deram início a uma louca corrida na busca de consumidores para os seus produtos à base de estévia entre uma multidão de pessoas que sofrem de diabetes, obesidade, colesterol, etc. Um claro exemplo, é o adoçante natural desenvolvido pela Coca-Cola e Cargill Internacional. De nome comercial Truvia® a rebaudioside (Rebiana) da Coca-Cola, não tem valor calórico e pode ser usado em bebidas e alimentos, inclusive como pó. Apesar de muitas pessoas acreditarem que adoçantes podem trazer algum dano para a saúde, o FDA submete essas substâncias a diversos testes e aprovam aquelas que aparentemente não trazem nenhum tipo de prejuízo para o ser humano, como foi o caso do Truvia®.
Lançado no final de 2008 nos Estados Unidos, Truvia chegou ao mercado brasileiro em 2011 e agora chega ao mercado da Venezuela, o segundo maior da América Latina, cujos substitutos de açúcar representam US$ 60 milhões.
O que é Truvia®?
(https://www.trivology.com/articles/1861/what-is-truvia.html) Truvia® é derivado de algumas partes purificadas da planta conhecida como estévia. Os constituintes da Truvia® são eritritol, rebiana e outros sabores naturais. A rebiana ou rebaudiose A é o principal agente edulcorante no Truvia®. Trata-se de um glicósido do esteviol e fornece 200 vezes mais efeito edulcorante em comparação com o açúcar. O álcool de açúcar constitui o outro componente, que é o eritritol. É uma parte natural das diferentes frutas e outros itens alimentícios. Contém muito menos calorias e proporciona efeito edulcorante semelhante ao açúcar normal. Possui muitos benefícios, sendo que os principais são não afetar os níveis de açúcar no sangue, e ser parcialmente absorvido pelo organismo. Além disso, protege os dentes contra as cáries quando usado como um adoçante.
(https://truvia.com/healthcare/nutrition-science/) Para entender o contexto e a finalidade de Truvia® é importante compreender sua relação com a estévia e com os vários componentes dessa planta. A estévia normalmente se refere a uma preparação bruta (em pó ou líquido ) feita a partir das folhas da sua planta. Tais preparações contêm uma mistura de muitos componentes, e não apenas aqueles que dão sabor doce. Os glicosídeos de esteviol são os componentes doces da folha de estévia. Existem vários tipos de glicosídeos de esteviol, mas os dois tipos mais abundantes são o esteviosídeo e o rebaudiosídeo A. O esteviosídeo é o glicosídeo mais abundante do esteviol na folha de estévia e tem sido extensivamente estudado. Já o rebaudiosídeo A é o glicosídeo de melhor sabor do esteviol, sendo metabolizado da mesma forma que o esteviosídeo.
Truvia® é o extrato purificado de rebaudiosídeo A das folhas de estévia. É o primeiro extrato de folhas de estévia de alta pureza, caracterizado na forma de rebaudiosídeo A, o qual é purificado a partir da folha de forma consistente e com especificação de grau alimentício.
Controvérsias
(https://joseppamies.wordpress.com/2011/12/06/stevia-o-truvia-el-engendro-de-coca-cola/) A entrada de Truvia® no mercado latino americano, especialmente na Venezuela, gerou algumas controvérsias quanto a sua composição. Segundo alguns especialistas, Truvia® apresenta apenas 20% de estévia, sendo os outros 80% de eritritol (um poliálcool que aumenta a glicose no sangue em diabéticos), além de saborizantes desconhecidos, ou seja, esses 20% de estévia são o único componente do adoçante com propriedades medicinais.
A Cargill e a Coca Cola patentearam Truvia® como um adoçante com base em um único componente de estévia, o Rebaudiosídeo e, segundo esses mesmo especialistas, parece ter efeitos colaterais.
A Stevia Rebaudiana Bertoni, assim denominada cientificamente, possui dois açúcares principais não-calóricos, o esteviosídeo e o rebaudiosídeo. Porém, o único componente edulcorante que possui parte das propriedades medicinais da estévia é o esteviosídeo, juntamente com outros minerais, aminoácidos, enzimas, etc., que acompanham os componentes edulcorantes e que foram excluídos do Truvia®.
(https://truvia.com/healthcare/nutrition-science/) Por outro lado, um rigoroso conjunto de estudos científicos encomendado pela Cargill em 2004, estabeleceu a segurança do ingrediente para uso em alimentos e bebidas como adoçante de uso geral. Os resultados foram publicados no jornal científico Food and Chemical Toxicology. Um painel de pesquisadores independentes analisou um dossiê com todas as informações disponíveis relevantes para a segurança do Truvia® e concluiu que o mesmo é seguro para uso como adoçante de uso geral. Em dezembro de 2008, a Cargill recebeu a resposta da FDA, afirmando que o rebaudiosídeo A (termo técnico para Truvia®) é reconhecido como seguro (GRAS) para uso como adoçante de uso geral.
De acordo com especialistas da Cargill e Coca-Cola, uma recente pesquisa estabelece claramente a segurança de Truvia® para uso geral para adoçar alimentos e bebidas. Segundo o departamento de Saúde e Nutrição da Cargill, Truvia® é um adoçante natural, desenvolvido para atender a forte demanda dos consumidores por produtos zero caloria.
Segundo os fabricantes do Truvia®, embora a estévia seja atualmente comercializada nos Estados Unidos como um suplemento dietético, Truvia® é o primeiro adoçante disponível para alimentos e bebidas que foi purificado a partir da planta estévia e, ao contrário de muitos produtos existentes de estévia que geralmente contêm extratos brutos da planta, Truvia® é um produto totalmente caracterizado por sua consistência em qualidade e que contém apenas os melhores componentes da folha de estévia.
Mesmo gerando controvérsias, Truvia® mudou fundamentalmente a categoria de adoçantes em todo o mundo. Quase 50 milhões dos lares nos Estados Unidos compram produtos elaborados com adoçantes à base de estévia. Agora, os produtos com Truvia® estão disponíveis para compra em todo o Reino Unido, França, Itália, Espanha e México, e os negócios continuam em expansão na América do Sul e em todo o mundo.