Nigel Hughes, PhD, vice-presidente sênior de P&D global da Kellogg, publicou um post no site da empresa descrevendo três estratégias que a indústria de alimentos poderia adotar para atualizar os sistemas alimentares com vistas ao futuro. O conselho de Hughes concentrou-se principalmente no aumento da sustentabilidade em toda a cadeia de suprimentos, desde o fornecimento de ingredientes até os métodos de produção.

A primeira estratégia, “Construir sobre os fundamentos e a herança do sistema alimentar original”, destacou o significado cultural dos alimentos e a crescente relevância das políticas ambientais, sociais e de governança (ESG) nas decisões de compra do consumidor. Citando as origens da Kellogg, Hughes discutiu a importância de olhar para o passado para entender os padrões de sucesso e fracasso e aplicar esse conhecimento para decisões futuras. “Quando adquirimos ingredientes locais, podemos criar alimentos verdadeiramente locais e culturalmente relevantes. Junte isso a uma abordagem sistêmica que nos permite olhar para o sistema alimentar e a combinação de forma holística, nos permite lidar com a insegurança alimentar e equilibrar as compensações de nutrição, sustentabilidade, acesso e sabor, criando um sistema alimentar sustentável”, disse Hughes.

A segunda estratégia, “Desenvolver soluções coletivas”, enfatizou a importância da comunicação e da criação de um senso de responsabilidade compartilhada em todos os sistemas alimentares para combater práticas climáticas prejudiciais. Hughes sugeriu que isso começasse com a inclusão de agricultores, consumidores, formuladores de políticas e ONGs em todos os processos de tomada de decisão.

Hughes mencionou os programas atuais em vigor na Kellogg, incluindo o Kellogg's InGrained, que oferece aos produtores de arroz na Bacia do Rio Mississippi incentivos financeiros para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE), empregando práticas agrícolas favoráveis ao clima. Essa parceria, juntamente com outras, busca abordar as questões interconectadas do sistema alimentar de saúde, alívio da fome e clima.

A terceira e última estratégia, “Acelerar o sistema alimentar circular”, sugere a mudança de um sistema alimentar linear para um sistema circular que prioriza a redução do desperdício de alimentos. Empregar práticas agrícolas regenerativas, reciclar “produtos feios” e reduzir a entrada de recursos são algumas práticas que podem ajudar a alcançar uma cadeia de suprimentos mais circular. Exemplos fornecidos pela Kellogg incluem Pringles, usando 75% de batatas rejeitadas, barras Nutrigrain sendo totalmente preenchidas com frutas deformadas e não vendáveis, e Rice Krispies e Cocoa Pops, rejeitados sendo transformados em cerveja com uma cervejaria parceira. “Um sistema alimentar equitativo cria um novo paradigma onde todos têm um lugar à mesa, podem participar plenamente, ter acesso e prosperar. É fundamental que nós, como indústria, trabalhemos juntos para conseguir isso”, finalizou Hughes.

Fonte: Food Business News