Os pequenos agricultores são altamente vulneráveis às mudanças climáticas e à escassez de água, levando a Diageo a lançar um fundo para inovações que promete diminuir e monitorar o impacto das crises hídrica e climática nessas fazendas na África.
A Diageo dedicará até US$ 527.000 a inovações focadas nas principais áreas de impactos de água, carbono e biodiversidade. Como parte de seu plano de ação ESG 'Sociedade 2030: Espírito de Progresso', a empresa se compromete a construir resiliência em suas comunidades e monitorar seu programa agrícola para preservar os recursos naturais.
A empresa está procurando ideias que atendam às suas ambições nesse plano: enfatizando afastar-se das metas internas e procurar ideias e soluções maiores e mais ousadas que possam transformar a sustentabilidade em todas as áreas da sua cadeia de suprimentos.
A Diageo Sustainable Solutions foi lançada em novembro de 2020 para promover a colaboração entre a Diageo e inovadores na tecnologia de sustentabilidade de última geração. Inovadores, startups e aqueles que desenvolveram tecnologia relevante em outros setores - ou que precisam de financiamento inicial para desenvolver ainda mais sua tecnologia - estão convidados a se inscrever para a última rodada com prazo de 7 de outubro. Os pilotos ocorrerão na África Oriental e, se bem-sucedidos, serão implementados na rede de pequenos agricultores da Diageo em Camarões, Gana, Índia, Quênia, México, Nigéria, Tanzânia, Turquia, Seychelles, África do Sul e Uganda.
O fundo se concentrará em três áreas principais. Uma dela é a água. Nos próximos 50 anos, as chuvas na África deverão diminuir em 10% a 20% ou mais, ameaçando minar o progresso global em direção ao alívio da pobreza, segurança alimentar e desenvolvimento sustentável. "É imperativo que a capacidade de retenção de água do solo e o monitoramento sejam muito melhorados em pequenas propriedades para maximizar a produtividade. As soluções relevantes podem incluir aditivos do solo para retenção de água, previsão do tempo hiperlocal ou sondas para fazer leituras do campo”, observou a Diageo.
Outra área é o carbono, fundamental para a função e produtividade do solo e um componente principal e contribuinte para condições saudáveis do solo, mas que também pode ser liberado na atmosfera por práticas agrícolas. Para a Diageo, há uma necessidade de melhorar a medição, modelagem, interpretação e monitoramento do carbono do solo para quantificar a quantidade de carbono no solo e apoiar melhorias na saúde do solo, gerenciamento e dispositivos espectrais.
A terceira área principal é a biodiversidade, que juntamente com o clima, são dois lados da mesma moeda e a biodiversidade é vital para mitigar e se adaptar às mudanças climáticas. Segundo a Diageo, é vital que a medição da biodiversidade também melhore para que seja possível rastrear os tipos e mudanças na biodiversidade ao longo do tempo. As soluções relevantes podem incluir armadilhas fotográficas, modelos cooperativos trabalhando com pequenos agricultores e práticas de coleta de dados em fazendas ou remotas.
“Mesmo sob a trajetória de 1,5c exigida pelo Acordo de Paris, os agricultores do hemisfério sul precisarão de ajuda para se adaptar às mudanças climáticas. Nossa próxima rodada de Soluções Sustentáveis da Diageo criará ações para inovadores em todo o mundo para ajudar a salvar vidas e meios de subsistência nos países e comunidades que estão em maior risco”, Kirstie McIntyre, diretora de Sustentabilidade Global da Diageo
“Globalmente, temos clima imprevisível com secas e inundações crescentes e uma lacuna em nossas capacidades de monitoramento agrícola. O monitoramento da umidade do solo deve ser melhorado para que possamos ver onde podemos melhorar a capacidade de retenção de água do solo, apoiando nossos agricultores a manter um ciclo agrícola e renda estáveis”, acrescentou John Cant, chefe da Diageo Sustainable Solutions.
Fonte: Beverage Daily