Com o agravamento da fome no mundo como um dos impactos causados pela pandemia da Covid-19, as foodtechs têm se posicionado como uma solução ao desafio de garantir o acesso à comida de forma ampla e irrestrita. Diante desse cenário, essas startups, agregadas às estruturas das corporações e estimuladas a encontrar respostas ao aumento de demanda por alimentos têm construído iniciativas para produzir comida suficiente para todos.
Duas tecnologias, em especial, têm ganhado relevância entre as foodtechs que atendem a indústria de alimentos nos últimos anos: inteligência artificial e blockchain. Em comum, ambas têm contribuído para elevar a qualidade dos produtos que chegam à mesa das pessoas.
Sistemas inteligentes combinados com machine learning têm atuado na indústria de diferentes maneiras, reduzindo o risco de falha humana nos processos produtivos. Na Turquia, por exemplo, foram implantados sensores de odor, os e-noses ou narizes eletrônicos, em português, utilizados junto aos produtores de azeite da região de Balikesir. Depois de programados, a função era identificar eventuais adulterações no óleo de oliva, reconhecendo combinações de safras diferentes e inferiores em qualidade que pudessem comprometer o valor dos azeites.
Já o diferencial no uso do blockchain é permitir o rastreamento instantâneo de toda a cadeia produtiva que envolve o alimento. Assim, a partir de um simples QR Code na embalagem do produto é possível visualizar todos os pontos de contato relativos a ele, do momento do plantio, crescimento, localização de origem, manuseio, empacotamento e emissão de gases do efeito estufa com o transporte antes de seguir para a gôndola do supermercado. A grande vantagem embutida nesse recurso não é apenas a velocidade de checagem, mas garantir que o alimento esteja absolutamente em conformidade com todas as exigências sanitárias de cada país relacionadas à produção de alimentos.
Para o setor de alimentos, a pandemia não somente evidenciou a insegurança alimentar que aflige um imenso número de pessoas, mas deixará como legado também a percepção crescente de que é preciso que todos se alimentem melhor e com mais qualidade. Além disso, gerou nas pessoas o desejo por transparência. Cada vez mais elas querem saber do que é verdadeiramente feito aquilo que comem, como foi produzido e qual o impacto do processo no clima.
A green4T é uma empresa brasileira, fundada em 2016, e presente em todos os países da América Latina. Tem o compromisso de desenvolver soluções de tecnologia e infraestrutura para a transformação digital de empresas e cidades de forma eficiente e sustentável para o planeta.
Fonte: Roberta Tiso/green4T