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Pesquisas descobrem novos e futuros ingredientes para suplementos

Nos últimos 20 anos, as pesquisas produziram uma enorme quantidade de dados para desenvolver suplementos vegetais que apoiam a saúde cerebral e função cognitiva. Somente, no último ano, dezenas de ensaios clínicos foram realizados com botânicos para essa finalidade. Embora alguns desses ingredientes possam ser previsíveis, outros são um pouco incomuns.

O extrato de erva-cidreira (Melissa officinalis), por exemplo, pode ajudar a prevenir o declínio cognitivo. Já o óleo de gergelim melhora a memória verbal e o beta-amilóide plasmático em adultos mais velhos com comprometimento da memória. O gergelim contém ligninas e outros antioxidantes, como a sesamina, com evidência de suporte para a saúde antienvelhecimento, vascular e cerebral.

A espermidina é uma poliamina endógena que sincroniza muitos processos biológicos e é considerada um potencial fator de longevidade. É encontrada em queijos, cogumelos e grãos integrais, embora em pequenas quantidades.

As bagas também são foco de pesquisa cognitiva atualmente. Embora muitas pesquisas se concentrem principalmente em mirtilos e outras frutas ricas em antocianina, algumas frutas tradicionais estão aparecendo em pesquisas clínicas. Um estudo recente descobriu que um produto de leite de amora rico em antocianina pode melhorar a memória de trabalho e suprimir as enzimas associadas à função cerebral, incluindo acetilcolinesterase e monoamina oxidase (MAO).

O Ulam raja (Cosmos caudatus), é um vegetal verde rico em antioxidantes tradicionalmente consumido na América Central e no Sudeste Asiático, incluindo a Malásia. Um estudo de 2021 descobriu que a suplementação com 250mg desse vegetal por 12 semanas melhora o distúrbio do humor e a capacidade mental em adultos mais velhos com comprometimento cognitivo leve.

As evidências também apoiam os benefícios da smartweed, uma erva malaia tradicional, rica em fenólicos, relacionados a melhora da memória visual, do humor e do fator neurotrófico derivado do cérebro.

Também há interesse renovado em ingredientes derivados de plantas que apoiam um estado de humor saudável e padrões de sono para todas as idades. Um estudo recente analisou o efeito de um extrato de várias ervas (Euphytose) contendo bagas de espinheiro e ballota (Marroio grego). O estudo, realizado em pessoas saudáveis por um período de 14 dias, encontrou ansiedade subjetiva reduzida versus placebo, juntamente com amilase salivar reduzida, um marcador de estresse que imita o cortisol.

Vários estudos se concentraram em combinações benéficas de extratos de plantas para o estresse e o humor. Um estudo de 2022 descobriu que uma combinação de chá verde e Rhodiola rosea combinada com magnésio e vitaminas do complexo B, melhora o estado teta do EEG e reduz as taxas de estresse e ansiedade em 100 adultos saudáveis com estresse moderado.

Em outro estudo recente, a combinação de beterraba, ginseng e sálvia em uma bebida foi aprimorada sinergicamente por extratos de maçã e café para melhorias nas taxas de energia e na resposta hemodinâmica.

Estudos recentes sugerem que a Echinacea, conhecida por suas propriedades de reforço imunológico, também tem influência na função cognitiva, levando a melhorias no bem-estar emocional em adultos com ansiedade leve a moderada.

Outro estudo descobriu que o extrato de espirulina alivia os sintomas da doença de Alzheimer em pessoas com demência. Este é o primeiro estudo a mostrar o impacto cognitivo da espirulina, que é mais conhecida por suas propriedades de reforço imunológico. Isso pode explicar parcialmente a conexão entre a saúde do cérebro e a saúde imunológica, já que a disfunção cerebral está se tornando cada vez mais relacionada a distúrbios imunológicos.

Outros estudos destacam a Bacopa monnieri para melhorar os processos cognitivos de ordem superior, como memória e função executiva; galanga (Alpinia galanga), uma prima do gengibre e da cúrcuma, para energia mental e estado de alerta; e as sementes de lótus, ricas em fitonutrientes, polifenóis, alcaloides e enzimas como a superóxido dismutase, para melhora das taxas de estresse e depressão, entre muitas outras.








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