A indústria do cacau está passando por transformações, incluindo iniciativas tecnológicas para monitorar as flutuações de carbono e a adoção da agrossilvicultura, uma prática agrícola que envolve o cultivo simultâneo de árvores, plantas e culturas agrícolas em uma mesma área, combinando elementos da silvicultura (cultivo de árvores), agricultura e, por vezes, pecuária, com o objetivo de otimizar a interação positiva entre esses componentes, buscando benefícios tanto para a produção agrícola quanto para o meio ambiente.
Empresas como a Cargill têm avançado na busca por tornar o setor mais sustentável. Ao longo da última década, a empresa tem trabalhado para melhorar as condições de vida dos agricultores, apoiar comunidades e preservar terras florestais.
A Barry Callebaut também está ajustando o seu foco, passando da compensação de carbono para a inserção de emissões por meio de agrossilvicultura e outras iniciativas de descarbonização. A abordagem inclui melhorias no material de plantio, fertilizantes e técnicas de manejo para aumentar a qualidade e o rendimento do cacau.
A sustentabilidade na indústria do cacau também está se tornando cada vez mais baseada em tecnologia, com empresas investindo em soluções digitais para rastrear flutuações de carbono e evitar desmatamento.
A Ferrero, por exemplo, busca rastreabilidade até o nível da exploração agrícola usando tecnologia como o SourceMap, uma plataforma online que oferece soluções para rastrear e mapear cadeias de suprimentos globais, fornecendo uma compreensão mais detalhada e transparente de como os produtos são produzidos, desde a matéria-prima até o produto final, ao longo de toda a cadeia de abastecimento.