A General Mills está intensificando seus esforços em torno da agricultura regenerativa e vê a prática como fundamental para atingir suas ambiciosas metas de redução de gases de efeito estufa. De acordo com Jeffrey L. Harmening, presidente e diretor executivo da General Mills, a empresa divulgou publicamente seu trabalho de responsabilidade social por 52 anos consecutivos e em 2015, tornou-se a primeira a estabelecer uma meta de redução de gases de efeito estufa da cadeia de valor completa aprovada pela Science - Iniciativa de Metas Baseadas. Em 2019, a empresa assumiu o compromisso de promover a agricultura regenerativa. Os objetivos, segundo Harmening, estão alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

Mais recentemente, para integrar melhor as metas ambientais, sociais e de governança aos negócios da empresa, a General Mills estabeleceu um Comitê de Governança de Impacto Global (GIGC), responsável por garantir que os programas de responsabilidade global sejam financiados, no caminho certo e, finalmente, alcançados. O comitê, liderado por Harmening, se reúne regularmente e inclui vários líderes seniores multifuncionais.

A General Mills se comprometeu a reduzir as emissões absolutas de gases de efeito estufa em 30% até 2030 e atingir emissões líquidas zero até 2050. “E como uma quantidade mínima de nossa pegada de GEE é de operações próprias, definimos metas que vão além das nossas paredes, do campo ao garfo, abordando os Escopos 1, 2 e 3”, disse Mary Jane Melendez, diretora de Sustentabilidade e Impacto Social da General Mills.

A General Mills também se comprometeu a promover a agricultura regenerativa em um milhão de acres até 2030. Segundo Melendez, até o momento, a empresa está 20% do caminho em direção a essa meta.

Para acelerar a adoção dos agricultores e melhorar a medição dos resultados ambientais e econômicos, a General Mills está tomando várias medidas, sendo que dois elementos, em particular, estão ressoando com os agricultores. O primeiro é um foco na educação, ajudando os produtores a entender os princípios da agricultura regenerativa e como melhor aplicar esses princípios ao contexto ambiental, social e financeiro único da sua fazenda. A empresa financia academias e workshops de saúde do solo para esse objetivo. O treinamento individualizado de produtores por parceiros da Understanding Ag, promove os esforços educacionais. Além disso, Melendez destacou que construir uma comunidade em torno da agricultura regenerativa será importante para alcançar a adoção.

“Muitas vezes ouvimos de agricultores que são os únicos em sua área que exploram a agricultura regenerativa e que pode ser isolado cultivar de maneira diferente. Para resolver esse problema, estamos conectando agricultores com seus pares locais e apoiando organizações lideradas por agricultores para acelerar o compartilhamento de conhecimento e criar uma rede de apoio”, disse Melendez, revelando que o feedback sobre os esforços de construção da comunidade tem sido encorajadores.

A General Mills está trabalhando os efeitos da agricultura regenerativa em medidas como saúde do solo e sequestro de carbono, biodiversidade, água e resiliência econômica dos agricultores. Contudo, Melendez reconhece que essas medidas são demoradas e caras. A empresa está investindo em pesquisas para possibilitar uma melhor tecnologia de medição. “Por exemplo, estamos usando ferramentas como imagens de satélite para detectar a presença de plantas de cobertura e a quantidade de preparo do solo. Esses dados alimentam modelos que podem estimar o impacto dessas práticas”, afirmou.

Os esforços de sustentabilidade também estão em andamento nas instalações da General Mills e, segundo Paul J. Gallagher, diretor da cadeia de suprimentos, se concentram nos esforços para eliminar completamente os resíduos enviados para aterros sanitários. A empresa estabeleceu uma meta para 2025 de atingir o status de Zero Waste to Landfill em 100% das instalações de fabricação da empresa. Até o momento, um terço das suas instalações globais alcançou esse status, de acordo com Gallagher.

Vinculando as metas de sustentabilidade da empresa aos seus objetivos financeiros, Kofi Bruce, diretor financeiro da General Mill, disse que a revisão das metas da empresa incluem crescimento de vendas de 2% a 3%, crescimento de lucro operacional de um dígito médio e crescimento de lucro por ação de um dígito médio a alto. “Esperamos que a incorporação de sustentabilidade e propósito em nossas marcas impulsione um crescimento orgânico mais forte das vendas”, acrescentou.

Segundo Bruce, muitos esforços associados à sustentabilidade geram economia de custos. Por exemplo, os parques eólicos gerarão US$ 10 milhões em economia de custos para a empresa entre o ano fiscal de 2019 e o ano fiscal de 2022.

Fonte: Food Business News