A Dori Alimentos, indústria 100% nacional, acaba de inaugurar uma nova fábrica para a produção exclusiva de produtos de amendoins – a Unidade 40, localizada no Distrito Industrial de Marília, interior de São Paulo. Os produtos feitos à base do grão respondem hoje por 24% das vendas líquidas da empresa no país, que esse ano projeta um crescimento de 18% nos resultados, associando atuação no atacado, no segmento do varejo popular, o chamado mercado de preço único, e aumentando a presença no varejo através dos distribuidores Dori, especialmente para amendoim.
A nova unidade terá, inicialmente, um quadro de 200 funcionários, sendo 150 alocados na produção. São 12 mil m² para a produção exclusiva de 3 mil toneladas mensais de confeitos doces e salgados de amendoim, distribuídos em um layout totalmente horizontal, usando o conceito sustentável de produção limpa, de fluxo contínuo, com o mínimo de geração de resíduos, alta eficiência e total acessibilidade. Esse conceito gera vantagem competitiva operacional, com maior velocidade e flexibilidade, atributos essenciais para que a empresa atenda com eficiência atacado e varejo. Outra novidade é o laboratório montado com os mesmos equipamentos da fábrica, que desenvolverá produtos em escala menor, sem a necessidade de interromper a linha produção. A inovação vai garantir a agilidade no desenvolvimento de novos produtos para apresentação ao mercado e aumento do número de itens comercializados.
A implantação também consumiu investimentos significativos para a aquisição de equipamentos de ponta, tais como seletoras eletrônicas, torrador e secador contínuo, empacotadeiras e um moderno laboratório de análises, para atender a controles com amostragens bem maiores que o especificado por lei. “Já havíamos investido na unidade cerca de R$ 6 milhões e, em 2012, para transformá-la em uma fábrica autônoma e integrada de derivados de amendoim, aplicamos mais R$ 4 milhões. Até 2013, vamos fazer outros aportes, totalizando R$ 15 milhões em investimentos”, revela o presidente da empresa, Carlos Barion.
Todo esse investimento se justifica, considerando-se que a Dori é líder de mercado na categoria amendoins, com 22,5% de participação, segundo dados Nielsen de 2009, Some-se a isso o fato de que a empresa de pesquisa audita apenas o varejo e a Dori tem 61% das suas vendas no atacado. Com um orçamento de receitas em 2012 superior a R$ 500 milhões, a empresa produz alimentos à base de amendoim há 30 anos. É uma das poucas marcas brasileiras certificada com o selo Pró – Amendoim da ABICAB, que garante a qualidade dos grãos, suas propriedades nutricionais e condições adequadas para o consumidor. O atual presidente da Dori, aliás, foi um dos precursores e grande incentivador do programa. Também foi ele quem se empenhou para que a Dori integrasse a lista das 11 empresas parceiras do IAC – Instituto Agronômico de Campinas, que por meio do Fundag desenvolve novas variedades de sementes de amendoins, melhorando a produtividade do Brasil.
Há 45 anos no mercado de candies e snacks, atualmente a Dori tem uma produção bastante expressiva em confeitos doces e salgados de amendoim.“Temos reservado aos produtos à base de amendoim uma atenção especial e, tanto nós da Dori, quanto a nossa rede de distribuição, acreditamos num crescimento ainda mais acelerado para os próximos anos”, diz Barion. Desde o ano 2000, a produção de amendoim no Brasil cresceu mais de 75% e a produtividade avançou 60% com o uso de tecnologias de última geração, sem falar que a safra brasileira cresce aceleradamente ano a ano, chegando a um patamar estimado de meio milhão de toneladas/ano.
Fazem parte do portfólio de produtos de amendoins da marca, as linhas Dori e Pettiz. Os amendoins Dori estão disponíveis nos sabores Japonês, Torrado sem pele, Chocolate e Colorido. Já a linha Pettiz traz os tradicionais Pettiz Special tipo Japonês, Torrado e Salgado sem pele, Coberto com Mel, Crocante Natural, Crocante Cebola e Salsa, Crocante Pimenta Vermelha e Crocante Queijo. Também merece destaque a forte presença do amendoim Dori tipo japonês, com embalagem de 200g, no segmento do autosserviço. “Os produtos de amendoim da Dori têm excelente desempenho em todos os segmentos de mercado no Brasil e, gradativamente, vêm ganhando a mesma projeção nos mercados internacionais. Já temos tradicional presença na América do Sul e agora estamos expandindo com a abertura em novos mercados globais”, finaliza Barion.
Inovação
A preocupação em inovar sempre fez parte do dia a dia da Dori. Com portfólio de aproximadamente 350 itens (SKUS), a empresa tem investido fortemente em pesquisa e desenvolvimento como parte dos planos de crescimento para a próxima década e, nesse sentido, acaba de firmar parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos – ITAL, uma das instituições mais reconhecidas deste segmento. A iniciativa está diretamente relacionada ao foco no desenvolvimento de processos produtivos, linhas de produto e projetos inovadores com o objetivo de reforçar o seu DNA de inovação.
A partir desta parceria, a Dori passa a ter o apoio do ITAL com relatórios técnicos de avaliações de tendências de inovações através da metodologia do “Radar Tecnológico”, que tem como base o mapeamento de tendências do mercado no que se refere a produtos e processos. A parceria envolve patrocínio, exposições e seminários do setor de alimentos, reuniões de apoio com o setor de PD&I da instituição e a realização de workshops exclusivos para apresentação dos resultados de Tendências e Inovações da empresa. “A parceria com o ITAL vai nos permitir ampliar ainda mais as nossas fronteiras e a nossa capacidade de produzir com criatividade e eficiência,” diz Carlos Barion, presidente da Dori Alimentos.
Produção sustentável
A longa experiência da Dori na fabricação de produtos à base de amendoim acabou rendendo outra história. Resultado de muito trabalho e investimento em processos sustentáveis de altíssima qualidade, a fábrica-matriz da empresa, em Marília, é dotada de um processo totalmente inovador, que permite a queima da casca de amendoim. Em média, 90% das cascas de amendoim utilizadas na produção da Dori são fornecidas por terceiros e o restante é gerado pela matriz. Todos os fornecedores são rigorosamente escolhidos e precisam ser certificados para trabalhar na Dori. “Criamos oportunidades para as famílias da região, que se multiplicaram em empregos e renda”, afirma Barion.
A empresa também instalou um sistema de lavagem de gases para caldeiras, que reduz as emissões CO2 e possibilita o tratamento de resíduos sólidos lançados na rede de esgoto. Já em Rolândia, no Paraná, a geração de energia renovável é realizada por outros processos de biomassa. A fábrica, que produz cerca de 350 toneladas de doces por dia, está utilizando, desde 2003, o efluente tratado para o projeto de fertirrigação de uma área agrícola de 150 mil metros quadrados, destinada ao plantio de feno e eucaliptos. A extração de matéria-prima (cavacos de madeira) serve para abastecer as caldeiras da fábrica, enquanto o feno é utilizado por criadores de cavalos da região.
Mercado voluntário de crédito de carbono
Com estas iniciativas, um novo horizonte surgiu nos planos de negócios da Dori, que está se capacitando para vender créditos de carbono no mercado voluntário. O projeto de certificação e aquisição dos créditos de carbono está sendo acompanhado pela consultoria CantorCO2 e a estimativa é que a empresa já tenha acumulado 80 mil créditos com a redução de emissões de gases do efeito estufa.
Para alcançar esse desempenho, a empresa investiu R$ 179.947,41 até o momento, do orçamento total aprovado de R$ 2,5 milhões, para a reformulação de muitos processos nas unidades de Marília e Rolândia. A iniciativa permitiu a troca de combustível fóssil pela queima de biomassa.
Outros investimentos
Com um portfólio atual de aproximadamente 350 itens (SKUS), aempresa estima fechar o ano com 18% de crescimento. Para atingir as metas previstas para 2012, a Dori deu início a um conjunto de ações que visa aumentar de 36% para 47% a sua participação no varejo, que hoje responde por aproximadamente 25% de suasvendas. O primeiro passo foi investir, ainda em 2011, na construção de uma nova unidade de produção de amendoim, vislumbrando um mercado crescente para essa linha de produto. Disposta a manter a sua vocação para o crescimento, a empresa também reservouR$ 15 milhões no orçamento de 2012, valor destinado à continuidade da ampliação de sua capacidade produtiva e de distribuição.
A busca pelo aumento do market share no varejo contemplou em 2011 a inauguração de um centro de distribuição na cidade de Maceió, com o objetivo de elevar o nível de serviço da empresa nos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Com uma área de 1200 m2, capacidade de giro de 1000 pallets e 600 toneladas de produtos/mês, o empreendimento vai elevar a receita da Dori em até R$ 36 milhões na região esse ano.
Exportação
Do total faturadopela Dori em 2011, R$ 46 milhões foramprovenientes de exportações. Atualmente, a empresa exporta para mais de 60 destinos, incluindo todos os países do Mercosul, Austrália, África do Sul, parte da Europa e Estados Unidos. Essa estreita ligação com o mercado internacional obriga a adoção de rigorosos processos de qualidade, pois as linhas de produção sãoconstantemente auditadaspara a verificação de conformidade com normas internacionais, a exemplo da BRC – British Retail Consortium, norma global de segurança de alimento, e do FDA – Food and Drug Administration.