14 de Fevereiro de 2009
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Pre�os do a��car reagem e podem ajudar usineiros

02/12/08



A situa��o do setor sucroalcooleiro continua dif�cil, devido � crise financeira internacional, mas as nuvens que pairavam sobre o setor podem ser menos carregadas do que se imaginava. H� um d�ficit mundial entre oferta e demanda de a��car, a demanda interna por �lcool continua elevada e os produtores j� come�am a receber mais pela cana-de-a��car nos dois �ltimos meses.
O cen�rio � de pre�os melhores para o a��car no mercado internacional, o que pode tamb�m puxar os pre�os internos. Al�m disso, a demanda interna por �lcool vai dar maior suporte aos pre�os do combust�vel no mercado interno. Essa � a avalia��o de Pl�nio Nastari, presidente da Datagro, empresa que divulgou a primeira estimativa para a safra 2009/10 na semana passada.
Apesar do cen�rio melhor para os pre�os, usinas e produtores t�m v�rios desafios a curto prazo, principalmente as empresas que fizeram muitos investimentos com pagamento no curto prazo. "As incertezas da pr�xima safra n�o ser�o agr�colas, mas financeiras", acrescenta Antonio de P�dua Rodrigues, da Unica (Uni�o da Ind�stria de Cana-de-A��car).
O lado financeiro certamente ser� o ponto negativo do setor, diz ele. Sem capital de giro, uma parte das usinas n�o vai fazer boa manuten��o antes do in�cio da pr�xima safra e isso pode gerar muitas paradas durante a safra, o que diminui a produ��o. Nastari concorda com P�dua e diz que o grande problema para as usinas ser� o capital de giro para iniciar a safra do pr�ximo ano.

Renova��o menor
Os elevados custos de produ��o, a brusca freada no cr�dito e a baixa aplica��o de insumos nas lavouras comprometem o rendimento industrial da produ��o em 2009, o que j� ocorreu tamb�m neste ano, segundo o presidente da Datagro.
Com isso, a renova��o dos canaviais, que tradicionalmente fica entre 16% e 19% por ano, deve ser inferior a 16%, derrubando a produtividade m�dia. Al�m da alta de custos, acentuada pela crise financeira, as usinas conviveram com pre�os pouco remuneradores.
Para Nastari, a crise atual n�o ter� grandes efeitos sobre o consumo mundial de a��car. A redu��o de renda poder� at� elevar o consumo mundial por ser este um alimento com pre�os extremamente baixos.
Para Arnaldo Luiz Corr�a, da Archer Consulting, "parece que a poeira est� se assentando e a esperan�a � que os fundamentos voltem, nem que seja lentamente, a influir nos pre�os".
J� para os analistas da FCStone, a alta do d�lar facilita as exporta��es brasileiras de a��car e serve de suporte para os pre�os internos. Al�m disso, os estoques apertados de �lcool nesta entrada de entressafra tamb�m d�o suporte ao a��car.
Outro fator favor�vel ao Brasil � a brusca queda nos valores dos fretes mar�timos. O frete de a��car do porto de Santos para o mar Negro caiu de US$ 120 por tonelada em junho para US$ 25 no final de novembro. A queda dos fretes torna o produto brasileiro mais competitivo em grandes mercados consumidores, segundo a FCStone.
A moagem de cana neste ano dever� ficar em 480 milh�es de toneladas no centro-sul (546 milh�es no pa�s), mas n�o surpreende Nastari se for a 485 milh�es, j� que algumas usinas dever�o esticar a moagem at� janeiro. Para 2009, a moagem sobe para 520 milh�es no centro-sul (588 milh�es no pa�s), mas em ambas as safras dever�o ficar 40 milh�es de toneladas de cana em p�, que n�o ser�o utilizadas.
No pr�ximo ano, 25 novas usinas dever�o entrar em opera��o, das 43 previstas anteriormente. Neste ano, 7 postergaram o in�cio de atividades para 2009. A produ��o nacional de a��car sobe de 30,4 milh�es de toneladas neste ano para 32,9 milh�es no pr�ximo. As exporta��es v�o de 18,8 milh�es para 21,3 milh�es.
Embora o volume de mat�ria-prima mo�da cres�a, a quantidade de produto obtido por tonelada de cana processada (conhecida pela sigla ATR) vem recuando. Em 2007, esse rendimento foi 13,3% superior ao de 2006. Neste ano, crescer� 8,7% e, em 2009, apenas 6,8%. Ou seja, a oferta de produto cresce, mas perde velocidade.
(Mauro Zafalon - Agrofolha - Folha de S�o Paulo)

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