Page 4 - Food Ingredients Brasil - Edição Pré-Show
P. 4

 Editorial       A revista Food Ingredients Brasil é publicada sob licença da Informa Markets, titular e licenciante da marca. Informa Markets Avenida Dra. Ruth Cardoso, 7.221 - 22o São Paulo, SP Presidente | Informa Markets Brasil Marco Basso Show Director | Informa Markets Clélia Iwaki Editora Márcia Fani (Mtb 19.876) editora@insumos.com.br Analista de Comunicação Aline Anjos aline@insumos.com.br Arte & Diagramação Jeferson Giacomo jeferson@insumos.com.br Departamento de Assinaturas assinaturas@insumos.com.br Atendimento atendimento@insumos.com.br Diretor de Publicações Michel A. Wankenne wankenne@insumos.com.br Os artigos assinados não necessariamente traduzem a opinião da editora. Sua publicação obedece a redação original, apenas obedecendo o padrão visual da revista.        As olimpíadas de 2020... Em 2021! Por culpa da famosa pandemia, hoje responsabilizada por todos os males que afetam o planeta, as olimpíadas de 2020 ocorreram este ano, somente para cumprir tabela. Aconteceram no Japão, mesmo com dois terços da população japonesa se opondo a realização das Olimpíadas de Tóquio! Deixaram um rombo na economia do Japão, bem como em milhares de negócios de pequeno, médio e grande porte. Estádios, hotéis e restaurantes vazios, sem turistas estrangeiros, e a maioria dos negócios com poucos clientes. A decepção daqueles que investiram pesadamente no Japão na expectativa de um boom de negócios desencadeado pela Olimpíada, foi brutal. As competições ocorreram, sim, mas não em nível de olimpíadas normais, e não sem polêmicas. Pior! Alguns líderes empresariais no Japão, como Takeshi Niinami, CEO da empresa Suntory, declararam que os Jogos Olímpicos estavam perdendo valor comercial como marca. Sua empresa decidiu não fazer parte dos patrocinadores. Especialistas do mundo financeiro já haviam alertado para o problema. Takahide Kiuchi, economista do Nomura Research Institute, já tinha dito que “muito do benefício econômico esperado dos Jogos de Tóquio havia desaparecido em março, quando foi decidido proibir espectadores estrangeiros de viajarem ao Japão”. “Teria sido melhor não realizá-los”, disse Suehiro Toru, do banco de investimentos Daiwa Securities, apesar do alto custo envolvido no cancelamento. Já faz um certo tempo que as Olimpíadas se tornaram um mau negócio, independentemente de pandemia ou não. Vários economistas publicaram pesquisas para comprovar que as Olimpíadas são um mau negócio para qualquer cidade ou país-sede. Os argumentos mais repetidos são que, ao invés de consumo, turismo e prestígio, o evento deixa uma dívida milionária e obras de infraestrutura que acabam sendo elefantes brancos. Com a pandemia, o que já era um mau negócio se tornou pior ainda! Embora seja difícil quantificar exatamente a magnitude das perdas econômicas para o Japão, pois os cálculos operam com base em valores estimados em relação ao que teriam sido os ganhos gerados pelo evento em outras circunstâncias, o que se sabe com certeza é que cerca de US$ 800 milhões da venda de ingressos foram perdidos. Mas a questão se torna mais complexa quando se estima quanto o setor de turismo e todos os negócios a ele associados perderam. Quão caras foram essas Olimpíadas? O orçamento planejado para o evento acabou extrapo- lando as previsões iniciais, como sempre. Em 2013, o custo do evento foi estimado oficialmente em US$ 7,3 bilhões. Ao final de 2019, passou para US$ 12,6 bilhões e, posteriormente, para US$ 15,4 bilhões. O Conselho Fiscal Nacional do Japão informou que o custo final está próximo a US$ 22 bilhões. A imprensa local fez suas próprias pesquisas, estimando o número em US$ 28 bilhões. Alguns falam que o governo gastou cerca de US$ 35 bilhões, o valor mais alto já colocado em uma Olimpíada. Ao final, qualquer que seja o cálculo considerado mais preciso, não há dúvida de que as projeções iniciais foram amplamente superadas, algo que tem sido uma constante dos Jogos nos últimos anos. Mas quem menos sofreu grande impacto financeiro foram os organizadores do Comitê Olímpico Internacional (COI)! A receita do COI permanece intacta enquanto os Jogos continuarem a ser televisionados. Do ponto de vista esportivo, os resultados também não foram dos mais apurados. Muitos países que em tempos normais ganhariam bem poucas, ou nenhuma medalha sequer, conseguiram algumas, graças a ausência de grandes estrelas que se recusaram a participar devido a situação particularmente grave do Japão com relação a Covid-19. A Olimpíada teve como vencedor os Estados Unidos, o que não é grande novidade, que terminaram com 39 ouros, um a mais do que a China. O Japão terminou em terceiro, com 27. E o Brasil ficou em 12o, com sete ouros e 21 pódios no total. Com a sexta maior população mundial, poderia ganhar bem mais se existisse   um mínimo de preocupação, por parte do governo, em promover mais todos os esportes e não somente o futebol! Bom, Herbert da Conceição Sousa, medalha de ouro em boxe, peso-médio, deve estar bem feliz com o apoio recebido pelo governo, já que achou bonito bater continência no pódio! Boa leitura! Michel A. Wankenne revista-fi.com.br Filiado a Editora Insumos Ltda. Av. Sargento Geraldo Santana, 567 - 1o 04674-225 - São Paulo, SP Tel.: (11) 5524-6931 Fax: (11) 5685-5558 Fi South America e Hi South America são organizadas por:     


































































































   2   3   4   5   6